O valor de referência com o qual são comparados os valores observados de cada instituição é calculado de forma análoga ao valor observado, tendo por base o modelo de oportunidades estendido ao universo de instituições avaliadas. Assim, o valor de referência é obtido pelo quociente entre o somatório de intervenções adequadas xk pelo somatório de oportunidades de intervenções adequadas nk, em cada prestador k, de acordo com a equação:

 

 

 

Para se comparar os resultados observados usando um procedimento de inferência estatística, definiu-se a hipótese nula como a igualdade entre a probabilidade de sucesso correspondente ao valor de referência e a probabilidade de sucesso correspondente ao valor observado. A hipótese alternativa corresponde às situações em que essas probabilidades são diferentes.

 

Assim, foi adotada uma regra de classificação a partir do p-value de um teste Z de comparação de proporções baseado na aproximação normal para as proporções, tendo sido considerado o nível de significância de 0,05 (nível de confiança de 95%).

 

Neste contexto, se não for rejeitada a hipótese nula de igualdade entre as probabilidades de sucesso relativas ao valor observado e o valor de referência, considera-se que o prestador não apresenta um desvio estatisticamente significativo face ao valor de referência, sendo classificado no nível de qualidade II. No caso da hipótese nula ser rejeitada, um prestador será classificado no nível de qualidade I ou III, consoante a direção de melhoria do indicador em análise.